quarta-feira, 28 de outubro de 2015

SENTENÇA TRÂNSITA EM JULGADO

Condenado a ter que a vida toda escrever
Com a sentença transitado em julgado
Decorrido todo o lapso temporal
Sem possibilidades de ser rescindida

Percebi que essa é deveras a minha sina
Que eu e você temos um forte contrato
E que supostamente fruto da minha adesão
Onde a tua parte é sorrir para mim ....

E a minha escrever, tentando aliviar o coração
Coração esse, muitas vezes por você alegrado
Sempre instigado a querer ter você perto

Em razão disso, induzido a cometer um homicídio
Eu presumo suicídio, pois matar o que tem no coração
Não se pode ter pena além da pessoa do condenado.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Eu somente escrevi.

Não olhai, se não me podes ver!
Não me abraçais se não me sentes!
Não concorde comigo se não entende!
Não fales a mim se não tem nada a dizer.!

Vais, tu dentro de mim já não existes!
Querer ter-te ao meu lado fora tolice!
Que agora estou eu a desfazer, enxerga.
Nada mais em você me interessa.

Tua luz diante de mim fora apagada!
Se não fosses em verdade a tua fala,
Eu poderia dizer sem medo que menti.

Quando eu disse que tudo em ti me encantava,
Foi o modo que achei para homenageá-la

Afinal de contas eu somente escrevi.

NUNES, Elisérgio,

Talvez agora eu te ame mais,sei.

Talvez agora eu te ame mais, sei.
É que passei a gostar mais dos lamentos
Amar os meus próprios sentimentos
E por eu isso os desprezei, ou sufoquei...

Os eivados do vício que é a eternidade,
Percebi que eram sempre mais da metade
Logo, de mim tratei de coloca-los para fora
Doeu de forma tão insana, que eu vir.

A minha ternura a dizer que me implora
Minha sensibilidade me chamar de covarde
Enquanto a tristeza dentro de mim gritava:

Torturarei o amor até que ele se acabe
Para que tu se entristeças com vontade

Ao  perceber que o amor se desfez.

NUNES, Elisérgio.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

De alguém que escreve, infeliz.

De alguém que escreve, infeliz.

Ah, tu continuas com a face grande,
E o coração demasiadamente pequeno!
Com a alma absolutamente fria, vazia.
Um poço grande, cheio de veneno.

Eu mudei, e senão fosse da vida um capricho,
E nunca tivesse existido, na verdade eu nem sei.
Lá fora o silencio é gritante, o coro dos amantes.
Aqui dentro tudo sempre tem estado disperso!

Eu, sou em verdade um típico réu confesso.
Porque nunca nesta vida escondi o que sinto,
Não que eu ache este ato deveras bonito...

Mas, talvez tão somente porque nunca quis!
As tristezas sempre constarão nos autos
Da vida de alguém que escreve, infeliz..


NUNES, Elisérgio.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Talvez nada!

Talvez o fim para se ter um começo
Ou quem sabe a luz na escuridão
O mundo perdera de vez seu jeito
Toda a humanidade o meu apreço...

E a vida, a minha terna admiração...
Mas, não deixo de viver, irresignado.
Porque é em verdade meu maior legado
Ser tão contraditório que chego a ser contradição.

Minha inconstância nunca se tem termo.
De fato, não conseguem ser comigo verdadeiros
Eu odeio qualquer tipo de falsificação.

De pronto, eu me calo, não mais falo
É que calado sou em verdade poeta
E escrevendo, me falta definição, talvez nada.

NUNES, Elisérgio.

UM ERRO DO CORAÇÃO.

Não fingi toda essa dor que me invade!
Mas, agora desconheço o seu jeito.
Não vejo mais nenhuma verdade
Tudo me parece tão falho, sem efeito.

Há uma mentira em cada verdade!
A que mais me doeu foi a admiração,
Ao me defrontar tu me davas uma face.
E ao me virar, mostravas o coração.

Tem sido deveras um grande infortúnio,
Oriundo de toda minha sensibilidade,
Destarte, ser tão vil está decepção.

Dói tanto, mas eu grito sem alarde.
Tu, existira ficticiosamente na mente!
Um erro de cálculo do coração.

NUNES, Elisérgio.