sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Com essa solidão.



Não consigo chorar, por isso escrevo!
Logo, os meus versos são lágrimas.
O meu sentimento é toda a vazão,
Que faz no meu peito transbordá-las.

Muitas vezes parece um grande deserto,
Porque apesar de estarmos tão perto
É grande o que nos tem distanciado,
És só o que resta de um mar que secou.

Tem sido difícil para mim, tenho que falar!
Algumas vezes desejei não te conhecer,
Para não ter que perder, ou deixar de ganhar.

No entanto, obtempero-me as ordens do coração,
É que prefiro morrer a ter que negar o que sinto.
Ou viver, ainda que com toda essa solidão.

NUNES, Elisérgio.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

NUNCA EXISTIU

A noite caiu, sem de você estar perto
Não te encontrei em nenhum dos olhares
O vazio me encheu o peito, tristeza me invade
Porém, sei que em verdade tu não existiu.

Não do jeito que imaginei, perfeita...
Tu existiras somente na minha cabeça!
Uma concatenação de formas e jeitos,
Que apenas o meu coração cego viu.

Sensação vil, a de saber tal verdade, arde...
Eram tão demasiadamente reais os detalhes,
Que uma parte de mim acredita que sentiu,

Quando de mim tu lentamente se aproximaste.
Estava silenciosamente a noite, eu pensei!
Porém, de forma efêmera tu sumiu, acordei...

NUNES, Elisérgio,