terça-feira, 25 de março de 2014

Deve passar

Não sei se falo ou se grito
Não sei se fico ou se vou
És em mim o silêncio ínsito
Ás vezes não sei onde estou

Uma vasta solidão me persegue
Apesar de acompanhado estar
O impossível tornou-se inevitável
O fim agora parece realizável

São várias as vozes a me falar
Sinto que será tudo tão logo
Já não tenho forças, nem imploro

Mas, que seja feita a tua vontade
Ninguém vai precisar chorar
Será grande a dor, mas deve passar.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Em outras vidas

Passavam-se as vidas em sequência
Te encontrar sempre me fez viver
Te perdia em umas, achava em outras
Com a morte iniciando o viver

Provas intermináveis e difíceis
Nesse mundo de expiação
Ao me aproximar estava tu distante
Mas, sempre perto do coração

Antes de eu me aquietar
Havia um novo sofrer
Chegava a hora da dor d´alma

Tendo que me afastar de você
Até que pudesses voltar
Ou em outras vidas me ver.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Sem querer, mensageiro.

Não posso me livrar do que escrevi
As palavras são como flechas
Uma vez lançadas não podem voltar
Vão elas em mim e sempre comigo

Dizem tudo que sinto, sem nada ocultar
Não posso arrepender-me, enfim
Tem elas o dom da eternidade
Fazem o efêmero, eterno ficar

Se possível fosse e as pudesse engolir
Não pensaria muito nem perderia tempo
E fazia elas voltar, assim pra mim...

Porém, sou apenas um mensageiro
E quanto mais eu escrevo
Tenho mensagens pra dar...




t


domingo, 9 de março de 2014

Dos erros cometidos

Sinto-me sufocado, combalido.
Carrego o peso dos erros
Em outras vidas cometidos
Sofrendo vou tentando melhorar

Não é uma tarefa fácil, de fato.
Dos erros não me lembro
Poderia até atrapalhar lembrar
E quando a tristeza me invade

Faz moradia no peito agonia
As vezes alguém me ouvia
E eu poderia falar, funcionava...

De uma em uma palavra
Aliviava-se a dor e a tristeza

Até que pudessem voltar.