sábado, 27 de junho de 2015

Que haja tempo para esperança.

Que haja tempo para esperança

Não se pode mais ver ao longe
O tempo já não é o mesmo tempo
Ás dores não são mais de outrora
É tão diferente o silêncio, penso...

Todas as presenças cheias de ausência,
Às verdades de mentira e insegurança
Tudo me é falho, turvo, ao contrário.
Mas, ainda assim não eu nunca me calo!

Pois me disseram ser a poesia esperança
De levar amor aos corações pequenos
De fazer um mundo mais sereno

E tentar devolver o futuro as crianças
Ou pelo menos tentar livrar do lamento
Rogo que ainda haja tempo para esperança.


NUNES, Elisérgio

terça-feira, 23 de junho de 2015

Condenado a esquecer.

Inocente, todos os dias um crime cometia
Furtava tudo de bom que via em você!
Escrevia e te eternizava, com poesia.
Buscando sempre um jeito de existir, viver.


De modo ardil, me aproximava com destreza.
Sempre esperando a hora do melhor detalhe,
Bastava um sorriso, para que eu me empolgasse,
Interessado na sua facilidade de me fazer escrever.

Hipnotizado diante da tua indefinível beleza,
Um tanto exagerado eu me perdi, fiquei viciado.
E por esse delito fui por você fui condenado...

Coisa julgada,qual? como multa tu me negaste a fala!
Diante da impossibilidade covarde de recorrer
Restou-me o esquecimento, e a obrigação de esquecer.

NUNES, Elisérgio.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Verônica

Com uma impoluta imagem verdadeira
E com delicadeza que a todos fascina
Dentre as mais belas, é a mais feminina
E singeleza sempre passível de ser adjudicada.

É deveras difícil a tarefa de detalha-la
Pois apesar de insólita é também indefinida
Que logo, minhas palavras mais bonitas
Não são capazes de ter sua beleza mensurada

Sua voz doce, é um instrumento que irradia fogo
Fazendo do mais normal poeta, um grande louco
Logo, a cura para qualquer insanidade é admira-la

Pois o sorriso vincula e condiciona, emociona
Que certamente se não fosse denominada Verônica
Seria em verdade, bela, única ou rara.



NUNES, Elisérgio.

sábado, 6 de junho de 2015

DESENCANTAMENTO

Desencantamento

Se soubesses o caos que me incute teu silencio
Sairia a gritar em alto e bom som no relento
Certamente faria chover, lavando o tormento
Que a falta da tua voz gera em meu ser ...

Ah como eu lamento, e as vezes não acredito
Tanta maldade a negar-me o que tem de mais bonito
Não poderia emanar de alguém como você, por quê?
A tua indiferença em qualquer grau me entristece

Porém, nada será mais triste do que o triste dia,
Que eu não quiser te ouvir, talvez acabe o tempo
Ou que eu me desfaça em um imutável silencio

E o estado de resignação impeça tua voz de chegar até mim
Tal fase ficará conhecida como fim ou desencantamento
Onde se quebrará o elo, que sempre me ligou a você.

NUNES, Elisérgio.






segunda-feira, 1 de junho de 2015

NÃO AMO MAIS ÁS NOITES

NÃO AMO MAIS ÁS NOITES.

Percebi que eu não amo mais ás noites
Todas impossíveis de serem dormidas
Sempre arrastadas, acusadoras e sofridas
Nenhuma tão bela quanto você, crer.

E agora ficaram piores com o teu silêncio
Parece ser crime falar o que sinto e penso
Uma parte de mim agora tenta se calar
E a outra grita de tanto te querer, ver.

Logo eu sinto que deveria ter ficado calado
Pois assim conseguiria não ficar tão frustrado
De falar e não ser ouvido e ou entendido

De escrever estas coisas a quem não vai ler
Como da minha loucura tu não se compadece
Sugiro que esqueça o que digo e estou a dizer.

NUNES, Elisérgio.