Que haja tempo para esperança
Não se pode mais ver ao longe
O tempo já não é o mesmo tempo
Ás dores não são mais de outrora
É tão diferente o silêncio, penso...
Todas as presenças cheias de ausência,
Às verdades de mentira e insegurança
Tudo me é falho, turvo, ao contrário.
Mas, ainda assim não eu nunca me calo!
Pois me disseram ser a poesia esperança
De levar amor aos corações pequenos
De fazer um mundo mais sereno
E tentar devolver o futuro as crianças
Ou pelo menos tentar livrar do lamento
Rogo que ainda haja tempo para esperança.
NUNES, Elisérgio