sábado, 22 de abril de 2017

Não amo a normalidade

Me sufoca toda essa normalidade,
Pois sinto falta daquela saudade!
Do desejo tenaz te encontrar na rua,
De tentar lembrar uma fala sua.

Do que sempre me levou a te querer.
Então nessa normalidade aparente,
Eu não sinto mais falta da gente...
Porém,  eu nunca não tive você. 

No entanto, eu não procuro entender.
Tampouco eu tenho tentado justificar.
Essa inercia que em mim se movimenta,

Já não é mais capaz de assustar...
Alguma coisa em mim passou a morrer,
Mesmo sem te ter não consigo me inquietar.

NUNES, Elisérgio.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Meu eterno pesar

Ah quem dera eu fosse tua saudade!
Nas noites o teu último pensamento.
Nas manhãs aquele teu silêncio,
O seu lindo sorriso eivado de vaidade.

Não há como do seu todo ser parte.
Isso é em mim um dos grandes tormentos!
Além de não ter o teu consentimento,
E poder amar-te em todos os lugares...

Eu insisto em ter sempre saudade,
Dos nossos inexistentes momentos.
E assim eternizo a nossa imagem.

Tentando esquecer estou sempre a lembrar.
Então eu escrevo pois não posso carpir 
A distância arde, és meu eterno pesar.


NUNES,Elisérgio. 



quinta-feira, 6 de abril de 2017

De amar-te sem volta, reciprocidade, na contramão.

Será que tu sentes na pele, percebes?
Toda essa saudade que você me faz?
Ou quem sabe se teus olhos veem,
O que os meus enxergam sobre a paz?

Paz que a tua fala pausada me traz!
Será que tu tens noção minha flor,
O quanto teu abraço desconfiado conforta?
É testemunha a porta dos abraços com pudor.

Será minha flor, que tu tens a mesma sensação,
Que tenho quando a minha mão, a sua toca?
Se tu tens dizes! Pois nós somos a explicação.

Mas, se não tem é melhor dize-lo com boas palavras.
Sob pena de me causaste uma intratável chaga no coração
A de amar-te sem volta, sem reciprocidade, na contramão.


NUNES, Elisérgio.

Eu ouvia, reouvia e lembrava.

Eu ouvia e reouvia você vorazmente!
Pois desacelerava meu pensamento .
Por que era o jeito mais confortável,
Da minha dor ao pensar doer, crer?

Doía, mas eu não conseguia parar de pensar.
Pois pensar em você costumava confortar.
Visto que me fazia esquecer as dores,
Para eu lembrar você, e lembrava.

Foram ininterruptas às madrugadas,
Que passei em claro pensando em você.
Lembro todas perfeitamente  sem remorso!

Não usei verbos no tempo errado,a propósito.
Eu ouvia, reouvia e lembrava deveras!
Mas, hoje não mais, acho que isso é esquecer. 


NUNES, Elisérgio.