Não sabia Hurick ou se Wherther
Não sabia se triste ou se alegre
Não sabia se racionalidade ou emoção
Não sabia por que não sabia?
Mas, sabia que era enorme a sensação
Sabia que era com amor e com esmero
Não sabia que se chamava Elisérgio
O dono daquele louco coração
E sem saber tudo foi se perdendo
Não mais era remédio, era veneno
Não mais passava a dor, doía.
Fazendo tristes todas as alegrias
Transformando em secas e vazias
As certezas do coração.
Quantas história teríamos
Se o index não fosse criado
Se filósofos não fossem enforcados
E não perdessem o direito de falar
Mesmo não sendo filosofo, atentai.
Apesar de parecer uma besteira
Oitenta mil mulheres mortas, igreja...
Sob a acusação de bruxaria ou
Com o pretexto do santo Deus autorizar
Estas palavras doeram em muitos
E em outros tempo eu seria morto
Por assim pensar, mas hoje penso
Tudo que por ela foi difundido
A bandeira utilizada foi matar.
Eis que você não mais me admira
Sei, teus olhos não brilham mais.
Já não há em você aquela certeza,
Que sempre me deu muita paz.
Toda a saudade que de você tenho
Agora só aumenta pois tu dizes:
Que o nosso destino é incerto
Que destruí os sonhos e castelos
Que seremos como o sol e a lua
Que ficam juntos apenas nos eclipses
Mas, olhai e veja o meu tormento
Com esse medo todo de te perder
Tenho medo até do vento
E do frio que é a vida sem você.
Apesar de impoluto agonizava.
O que não é alimentado morre
Mesmo existindo de fato, acaba.
Sempre acreditei ser o teu sonhar
Disseste tu que fora destruído
Tuas palavras fizeram machucar
O coração que somente por você
Foi capaz de bater, e até falar.
Quem ama não quer o fim de nada
E ainda que seja árdua a estrada
Em algum lugar se consegue chegar
Sem amar os sonhos costumam morrer
E toda vida perto do amor se perde
Até que alguém refaça viver.
Olhai, ver, tentar ouvir, não escuta!
Passam-se as horas, senhora!
Vai embora o sol e vem a lua
Nada muda, se pode mudar?
Observa os pequenos detalhes
Tentar ver o todo e não só partes
Pois atrás não se pode voltar
Não posso falar em medo de perder
Nem excesso de cuidar ou amar
Olhos enxergam o que querem ver
Ou o que a eles se pode mostrar
Por isso peço para clarear as coisas
Que envolvem os nossos querer
A claridade faz tudo eterno ser.
Talvez não fosse mais perene o rio
Temporalizou, secou? Ah tormento!
Constantes eram os sentimentos
Tinham do rio a imensidão, corriam...
Eram às águas do coração, puras!
Tinham sempre o caminho certo,
Iam para um mar chamado loucura
Tamanha era aquela vazão.
A cada cheia, a paisagem muda
Talvez mudará o olhar do coração
Não sei! quem sabe? Ou pudera
É imensa a distância das margens
És agora o rio raso, de fato me parece
Ou as sensações assim eram?
Olhai, e verá que já feneço!
Tenho agora o olhar roxo,
Todo o meu sorriso é seco
Eu já não mais adormeço.
Vem com as noites, solidão.
E também todos os tormentos,
É de cansar o quanto penso
Sou agora um jovem ancião.
A juventude já não me reconhece,
Todas às vezes que de mim esquece
Ergo-me junto com o sol, e sem visão.
Sua luz me atinge como alto farol
Ficar sem dormir não só é problema
É também a pior sensação.