domingo, 24 de janeiro de 2016

Tive que escrever.

Nas noites em que a lua se esconde
E a luz das estrelas é um tanto dispersa
Nesses momentos não existe o poeta
E se tem deveras a definição de morrer.

E então eu morri, por instantes viajei
Porém, eu não consegui te encontrar
Me sobrara a ilusão de que a morte afasta
Decidi tentar voltar, só consegui me perder

E no luto em que você estava imersa
Nenhuma luz me conseguia emanar
Meu grito de socorro era teu nome

Depois de eu insistir-te, não respondes.
E minha voz acabou por se cansar

Tive que escrever pra poder reviver.

NUNES, Elisérgio.