quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Ex poeta e covarde.

Lembro-me do poeta que fui !
Das pessoas que consegui criar.
Agora do auto da minha inexistência,
Vejo que cometi alguns abusos...

Mas acredite eu só me arrependo,
Do que não consegui idealizar.
Ah! aqueles olhares e sorrisos.
Traziam-me um plexo de sensações. 

Tudo incontroverso e interminável,
Inundavam meu coração de razões!
Hoje a poesia já não me reconhece! 

E quem me ver de mim já esquece,
Nada me aceita nem mesmo a realidade.
Jas em mim um ex poeta e covarde. 

NUNES, Elisérgio. 



quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A deriva nesse mar de violência sem fim.

Deus existe, mas eu não o vejo...
Se existe aqui não existe em Aleppo!
Pois lá às crianças não podem sorrir.
Esse é o legado macabro da guerra!

Toda aquela dor, maldade e tristeza.
Demostram o fracasso da humanidade,
Do quanto nós humanos somos covardes!
Quando permitimos que isso possa existir.

Ah senhor Deus dos desgraçados reage.
Proteja todas aquelas almas impolutas,
Faça cessar aquela tempestade de angustia.

Faça jus a tua divindade ainda que muda!
Ou então nos mostre de vez tua face omissa,
Pois estamos à deriva nesse mar de violência sem fim.

NUNES, Elisérgio.