domingo, 20 de novembro de 2016

ÀS CORES EM VOCÊ.

Sei que insólito, mas não te preocupas.
Confesso que hoje eu quase não existi!
É que o dia estava deveras muito cinza.
Logo, essa cor fortemente me alucina!

Pois denota a ausência de todas as cores,
Que sempre me fazem lembrar de você.
Tão rapidamente eu quase definho...
Me restara às lembranças do teu sorriso.

Somadas ao conforto que me traz tua voz,
Não me deixaram de verdade fenecer.
Pois, você faz um dia assim ficar colorido!

Reacendendo em mim a vontade de viver!
E assim, quando sinto que estou inexistindo
Eu me ponho a pensar em você e existo.

NUNES, Elisérgio.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Dizes

Não me castigai oh ser celeste, mas ouça.
Dizem que vós nunca estais a dormir!
Porém, diante das vis mazelas da vida
Com os olhos fechados tu sempre estar.

Diz-me então a quem eu posso recorrer?
Se ás vezes a minha voz tu não escutas.
O meu tormento não consegue enxergar,
Ou talvez simplesmente não queres ver...

Diante do teu silêncio aqui estou, irresignado.
É que se tornaram pesados demais os fardos
Tu de disseras não abandonar, mas aonde está você?

Talvez não seja valido o meu questionar, mas dizes!
Por que os maus que te desafiam tu os enaltece?

E os bons que te adoram vós estais a esquecer?

NUNES, Elisérgio.

sábado, 5 de novembro de 2016

Errei ao te idealizar

Com propriedade eu assumo que errei.
Quando passei a te idealizar, fantasiar!
Percebi que as qualidades que te imputei,
Nunca poderiam ter nessa vida existido!

Posto que oriundas do meu ingênuo imaginar.
Na solidão em que estava imerso, eu te criei!
Na iminência de que pudesses me acompanhar.
Porém, mais sozinho do que eu era, fiquei...

Pois, tu se recusaras a ser sozinha comigo,
Como castigo, eu tenho que te infirmar!
Infantil, imaturo, e cruel não tenho dúvida.

Mas, não posso carregar toda essa angustia!
E responder sozinho pela culpa recíproca,
Das expectativas estarem nos frustrar.


NUNES, Elisérgio.