sábado, 30 de agosto de 2014

Sensibilidade sem igual

É tão complexa minha sensibilidade
Sinto tudo de forma tão intensa
Amo de tão vasto modo que duvido,
Existir alguém que ame a metade

E sinta tanta falta de uma presença
Me sinto só, e sozinho é um tormento.
Há na vida tempestades nunca bonança
Todo o viver tem sido de lamento

Padece de loucura quem ama e duvida
É um veneno para alma, a desconfiança.
Não há mais em mim esperança

De que um dia tudo seja normal
Pois no amor não há normalidade
Quando se ama além do final.

Na solidão vejo a noite esvair-se.

Na solidão vejo a noite esvair-se
Não sei se louco ou se são
Meu corpo clama como se pedisse
Aguá para quem tem sede

Ou meramente um sim pelo não
Me sinto só mesmo acompanhado
Apesar de inocente sou culpado
Simplesmente por ter um coração

Aparentemente em silencio e calado
Porque de todo modo sou esquecido
Mesmo fazendo tudo para ser lembrado

Até parece que o sol me escondeu o brilho
Sem tal luz não se pode ver o caminho
O que faz aumentar a solidão.

Não posso mensurar o infinito

É eterno o que por você sinto
Que sem palavras para definir
Poucamente passei a escrever
Não posso mensurar o infinito

Pois o que sei de mais bonito
Não é nada comparado a você
Sem definir, querendo decifrar
Continuo sendo teu poeta

Muito embora e agora calado
Louco, inconsequente e vidrado
Um bobo apaixonado por você

Usando palavras para declarar
Já que não posso mensurar
O amor que sinto por você.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

É como viver morrendo.

Há tempos não sonho mais
Apesar de conseguir dormir
Não há a certeza que dá paz
Aos poucos deixo de existir

Sozinho comigo e o meu eu
Sinto que me falta uma parte
Pois a que me faz ser um todo
Parece que agora se perdeu

Nas tentativas de encontrar
Eu sempre acabo me perdendo
Incompleto não consigo me guiar

É como enxergar sem estar vendo
É como dormir e não sonhar
É como viver morrendo.