sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O MAIOR MEDO DE QUEM AMA

O maior medo de quem ama
É o de ser correspondido
Mergulhar no infinito desconhecido
Faz qualquer um se assustar

É grande o medo de enlouquecer
Amar e sofrer e amar e sofrer
Na vida é constante, mas difere
Sofrer, amar, amar e sofrer

Em meio a tantas e tais loucuras
De dizer o que não se sabe
Penso que o amor é uma insanidade

Que amar é o maior tormento
Ser correspondido uma loucura

E não amar o maior sofrer.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Todas as vezes que disseste fim

Todas as vezes que disseste fim
Eu por te amar demais insistia
Era como cravar a faca no peito
Implorar era a pior do que sentia

De verdade não consigo entender
Sempre disse me amar tanto
Parecia simples e muito fácil
Como de mim estava a se desfazer

Olhai, veja o que fizeste comigo
Jogaste fora a minha melhor parte
Desprezaste deveras o que eu sinto

Vá, mas não te sentiras completa
Viverás cheia do vazio que sem mim

De remorsos e tarde sentira-se completa

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Vida e vidas sem fim

Tenho morrido algumas vezes
Porém, sei que é assim
Morro hoje, vivo amanhã
Assim vou tentando existir

A existência é do todo uma parte
O objetivo é sempre evoluir
Existe-se devido a necessidade
Vidas e mais vidas sem fim

Histórias não encerram com a morte
Sendo está minha maior sorte
Escrevo para lembrarem de mim

Não busco fama nem glória
Só que palavras ecoem na história
Vida após vidas e sem fim...





quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Eu tive medo

Ah! Essa noite eu tive medo
Parecia até todo o medo do mundo
Eram vários os rostos no escuro
Mas, nada conseguia identificar

Estava o pensamento tão acelerado
Que mesmo eu estando parado
As vezes era necessário frear
Via meu corpo do alto de mim

Algumas presenças não eram boas
De outras eu não queria me afastar
Por toda plenitude da noite foi assim


A escuridão em meu quarto a reinar
Veio então a luz consoladora
Pensei não dormi, estava o sol a raiar.
v

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ah que saudades eu tenho


Ah que saudades eu tenho
Das noites seguras nas calçadas
Com o céu ao meu dispor 
E a lua comigo a conversar

Ah que saudades eu tenho
Das tardes ensolaradas
Nas quais sem medo brincava
Nada me impedia sonhar

Agora eu só tenho medo
As noites na são mais seguras
E nas tardes não se pode brincar
Vive meu lócus de infância

Uma onda total de insegurança
Agora é proibido sonhar
Oh minha linda terra
Tu não é mais tão pacata

Dá-me até medo falar
Os furtos e roubos são tantos
E já não me é mais espanto
Quando somente por isso

Nos mapas tu vem a estar
Mas, tenho eu ainda um sonho
Talvez irrealizável que pena
Sonho que a paz reine intensa

Que um dia eu possa voltar
E seguro poder em ti viver
Com o Velho monge a vislumbrar
E suas águas a nos banhar
Eu a sua beleza escrever, Parnarama.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

As noites não simpatizam comigo.

As noites não simpatizam comigo
Ou talvez quem sabe ninguém
Elas intensificam o frio em mim
O que não me traz nenhum bem

Aceleram mais meu pensamento
E por isso não sei aonde vou
Mesmo eu estando paralisado
Eu não sei nunca onde estou

Nessas noites de tormentos
Não durmo mais do que penso
Intensificando em mim a dor

De pensar todos os pensamentos
Porque não mais posso sonhar

Sem dormir eu sempre estou.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

A te abraçar.

Agora estava Hurick a elucubrar, seus pensamentos o levavam até longe, e ainda assim a saudade insistia em acompanhar. Saudade, tristeza e um vazio, o inquietava e fazia seu dia sem brilho ficar, é já fazia um ano, a falta do seu pai estava cada vez mais acentuada e em uma tarde em que a tristeza não era passageira estava Hurick a lembrar.
Mesmo nunca sendo muito próximos, por causa de algumas coisas da vida, Hurick sempre tivera seu pai perto e quando a saudade era maior que a distância, ele iria seu pai visitar, e há um ano não podia mais, seu pai atravessara a ponte da vida, talvez com a sensação de missão cumprida, pois sempre vivera do modo que escolheu arrependimentos não costumava demostrar. As histórias sobre polícia, eram sempre maiores que o sonho frustrado, e da falta de oportunidades para realizar, a cada visita Hurick adiava, não sei se por não conseguir usar as palavras, não conseguia pedir a seu pai um abraço e sempre para próxima vez deixava passar.
Foram muitas as vezes que Hurick iria visitar seu pai com esse pensamento, e em casa até ensaiava, mas não conseguia praticar, incontáveis oportunidades foram perdidas, a distância entre eles, mesmo juntos ou tão perto não deixava Hurick seu pai abraçar, ele não conseguia. E como se não fosse acontecer ou pelo menos Hurick não esperava, tempo para isso não mais restou, a oportunidade passará. Em uma noite fria, a madrugada silenciava, o pai de Hurick atravessará a ponte da vida, levando consigo a oportunidade e o tempo que Hurick tinha de abraça-lo.
Ah como foi angustiante aquela noite fria, o jovem Hurick estava sufocado a tristeza era seu guia, à medida que o tempo passava, e a ponte era pelo pai de Hurick percorrida, chegava a hora da despedida, a tristeza mais acentuada começava a ficar. De repente, Hurick sentira um arrepio, e veio então um forte pensamento -em mente meu pai estou a te abraçar-.

Chegou a hora do adeus, já do outro lado da ponte, o pai de Hurick acenava, se aproximava o fim da tarde, o frio da noite se apresentava e em seu último adeus Hurick sem poder falar, pensava: não te abracei pai, mas tem o meu perdão seguiras em mim e sempre comigo, e a cada abraço sentido, será um pouco do seu, e de todo perdão.