terça-feira, 11 de novembro de 2014

O amor a tudo supera.

Distante, o sol sempre observara a lua.
E mesmo a amando intensamente,
Havia a impossibilidade de juntos estar.
Sob uma indizível e insólita tristeza...

Amanhecia o sol com singela destreza,
Durante todo o dia passava a iluminar.
Ah coitado, cada vez mais se esquentava
Tentando com seu calor, a lua abraçar.

Porém, de um lindo amor tudo se espera
Porque todo grande amor é muito difícil
O amor do sol pela lua também era...

O amor lutando para que o sonho se concretize
Resolveu juntar os dois amantes em um eclipse

E por alguns instantes o impossível se realizou.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Para que seja eterna!

Eu percorreria perigosos caminhos,
Desde que me levassem a sua boca.
Ficaria em silencio a vida inteira,
Desde que ouvisse a sua voz rouca.

Eu te olharia de janeiro a janeiro,

Desde que teu olhar me olhasse.
Viveria sempre com os braços abertos,
Desde que todos os dias me abraçasse.

Eu não dormiria uma só noite, entenda.

E cada a gesto seu faria meu melhor poema.
Mesmo que não conseguisse eu tentaria!

Com as minhas palavras mais lindas diria:

Eu,mesmo vivendo, por você posso morrer!
Para que em mim seja eterna, como eu não posso ser.

NUNES, Elisérgio.


'Escrevo, do contrário já teria me matado."


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Ainda nem findava a noite.

Não, ainda não findava a noite!
E antes mesmo do sol nascer
Percebiam-se muitos gritos
E tão logo o tamanho das dores

Morreram muitos insanos e covardes

Cavaram suas próprias sepulturas
Mas, não com a devida fundura
Porque tremiam só de pensar no combate

É não conseguiram fugir, não tiveram chance

As suas covardias evidenciaram suas posições
Não demorou muito para o devido alcance

Morreram todos sem saber que seria assim

Erraram, desafiar a quem o ódio consome
É buscar o mais doloroso fim, encontre!

Teu olhar ofusca do sol o brilho.

Talvez de modo inconsequente
E apesar de por vezes censurado
Eu te olhei e amei de repente
Teu olhar sempre fora encantado

Mas, não fora apenas aquele o fato

De te amar sem noção, razão.
Pois teu lindo olhar me livrou
Dos escuros trazidos no coração

Ah meu amor, porém, tu ainda não sabes!

O sol tentar competir com o brilho do teu olhar
Mas, sempre por teus olhos fora derrotado...

Desaparece todos os dias tão vergonhado

Porque teu olhar ofusca dele o brilho
E ilumina intensamente o meu coração.

Nunes, Elisérgio.

Já não sei o que acontece.

Eu já não sei o que agora acontece
Às vezes eu esqueço a poesia
Noutras a poesia de mim esquece
Antes que eu enlouqueça, exagere.

Confesso que tem me deixado mais triste
Mesmo eu nunca tendo sido alegre
Faz falta a vida dela junto a minha
Sofro eu sempre por antecipação

Tentando não perder eu acabei perdendo
Tudo porque tenho medo de uma decepção
Ao me olhar, não me reconheço, nem vejo.

Parece até que de mim eu esqueço
É que falta no peito aquela sensação:
De que tudo que sentimos é infinito.

Os capitães saíram da areia.

Os Capitães saíram da areia, e agora vivem no asfalto, favelas, becos e em vários buracos. Os problemas continuam sendo os mesmos e é cada vez maior o número de abandonados. As coisas mudaram, Pedro Bala, Gato, Sem pernas, Professor deram lugar a uma infinidade de capitães: José(s), Carlo (s), Roberto(s), Fabiano (s), Felipe (s), Caio (s), João(s) e tantos outros que não tem nome, tampouco futuro nesse caos que vivemos.
Perderam o trapiche de vez e agora vivem em todo lugar, só que agora armados, drogados e as brigas são por território e atos ilícitos praticados são para manter os vícios e não para fome saciar. Os guardas são mais truculentos, as pancadas mais fortes a solitária mais vazia, as fugas constantes, os chefes de polícia mais carrascos, porque agora os padres se omitiram e os jornais noticiam apenas um lado, e pedem tão somente a dos Capitães exterminação, prisão.
Não existem mais carrosséis, porém, em qualquer lugar se pode encontrar um lampião, um bando armado. A peste mudou, é maior o poder de destruição, agora o mal é gerado por componentes químicos, existem vários que nem as oferendas conseguem se livrar deles não. Os capitães agora têm mais balas, só que estas não são doces, dilaceram corpos dos irmãos.
Os Capitães mudaram, mas o abandono apesar de maior continua o mesmo, sendo o principal causador de tudo, esse Estado que não é nação. O problema não é levado a sério, e há quem diga que prender todos os capitães será a solução. Não querem dar aos capitães direito a nada, enquanto isso os capitães se mantam entre si, porque deveras é agora a única diversão.
Mas, eu não sei de nada, a toda hora notícias sobre os capitães são veiculadas, nenhuma atitude é tomada, até mesmo quando a noticia é uma morte, há quem fale menos um e diz que o problema não é seu, e torce para outra notícia que traga sobre morte uma informação.

Humanamente imperfeito e errado

Humanamente imperfeito e errado
Sob provas e expiações intermitentes
Viver nesse mundo é tão difícil
Quando a luz não se está presente.

Volta espirito bom, fica do meu lado.
Eu sou deveras culpado e arrependido
Pequei, porque não fiz o combinado.
O caminho é árduo e me sinto perdido.

Volta espirito amigo, vem meu caminho iluminar
Emana para mim tua grande energia
Para que enfim, eu possa me conectar...

E ser o instrumento do poder divino
Levando com meu dom as mensagens

Ao lugar que elas tenham que chegar.