terça-feira, 11 de julho de 2017

Enxerguei antes de ver

Estranho eu conseguir pensar,
Sem o insano desejo de ti ter.
Falta-me ar, falta-me até você,
E me sobra tudo que tenho escrito.

E o que eu não mais pude escrever!
Mas, com isso eu não me empolgo.
Eu confesso não está mais eufórico,
Com a simples ideia de ver você. 

Sem ter o objetivo de ti desapontar,
Acometido por uma súbita normalidade.
Sinto falta da efetividade das conversas.

De todas as que não mais iremos ter,
Mas, então tudo me soou muito esquisito!
Pois tinha enxergado antes mesmo de ver.

NUNES, Elisérgio.

sábado, 1 de julho de 2017

Distante e em frente.

Eu não estava mais ai e escrevia, 
De modo tenaz e tão eloquente!
Como o que pedia frequentemente, 
Para que não saísses da minha vida.

Sem despedida nos tornamos ausentes.
Eu, do insólito e tortuoso plano terrestre 
E vós, do mais misterioso e indescritível 
Que fora e talvez ainda é minha mente.

Silente vivi em várias vidas e mundo,
Mas nenhum me foi mais escuro...
Do que não poder chamar nós de a gente. 

Não havia mais luz e sobrava saudade!
Uma vez que a eternidade insiste,
Em nos manter distante e em frente .

NUNES, Elisérgio  
Parnarama-Ma