sábado, 30 de maio de 2015

Ao te olhar, amei.

Ao te olhar, amei.

Te amei de imediato, não pensei no tormento.
Logo após o teu estrondoso e gritante silencio
Pois teu riso sempre me serviu de consolo
É a cura e doença de alguém como eu, louco...

E a certeza e a dúvida do que eu até agora pensei
De tudo que não vivi, creia, eu tenho muita saudade
Antes de desistir de todos esses grandes embates
Tu apareceste, e devolveu-me a força de vontade

Agora eu luto, mas quais são os monstros eu não sei!
Porém, com teu riso sendo minha fonte de energia
Percebi que os medos são da minha mente, cria!

Os monstros são mesquinhos e deveras poucos
Porque tu és para mim o que eu sempre sonhei
E eu sou apenas um louco, que de te olhar amei.

NUNES, Elisérgio.



sexta-feira, 29 de maio de 2015

SEMPRE A ESCREVER

Sempre a escrever

Ah, porém tu não sabes da minha inquietude
Que meu coração todas as vezes se ilude
Mas, palpita com muita força quando vejo você
No entanto, apenas te olhar é o que me resta

Não vem à mente ideia de que tu me enxergas
Eu não sou nada para você, nem serei, eu sei
Porque de fato vivemos em mundos distintos,
És tu em verdade o silêncio, eu o grito

Tu és sempre pura a perfeição e eu a pressa
Você é deveras a parte que a tudo ilumina
E eu somente escuridão, nada sou sem você

Sou de verdade, calado um grande poeta
E vou ser sempre figura essa figura exotérica
Sem nunca ser ouvido, mas sempre a escrever.



NUNES, Elisérgio.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

NADA QUE NÃO FOSSE ATENÇÃO.

NADA QUE NÃO FOSSE ATENÇÃO.

Observai atentamente, entende e sente
Aqui vos fala um poeta acometido, cheio
De um dos grandes colapsos da insanidade
Mal, vil, e silencioso denominado saudade.

De querer viver o que não existiu, nem se sentiu
Munido de pensamento acelerado e sensibilidade
E todas as loucuras que adornam a mente poética
Que fazem de mim essa figura patética, exotérica

E que me fizeram fugir da loucura que traz a sanidade
Eu protesto sem alarde, porém que raiva, ingrata
Te eternizei e tu não me dera atenção, mas te peço

Que minhas palavras não sejam ouvidas como cobrança
Além do mais, inocentemente eu relevo e te perdoo
Porque ninguém pode dar, o que não tem no coração.


NUNES, Elisérgio.

domingo, 24 de maio de 2015

VIVER PODENDO EXISTIR

Viver podendo existir

Viver é em verdade uma proeza
Apesar de todas as alternâncias
Eu vivo a vida sempre com a certeza
De que logo depois de uma tristeza

Vem sempre uma grande alegria
Que depois da alegria uma tristeza
De que na nostalgia não há delicadeza
Pois nessa vida nunca haverá bonança

Porque todas as sensações são passageiras
Afinal percebam, o ultimo dia fácil foi ontem
Passou não questione, superai o hoje com destreza

Dê a cada um, em sua plenitude a devida importância
E não te esqueças nunca, de olhar um pouco para si
Pois só assim tu iras viver podendo existir.


NUNES, Elisérgio.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

MUNDO SEM HUMANIDADE

Com tal pensamento o medo me invade
O que seria do mundo se não fosse a maldade?
O que seria da humanidade, se sua insanidade
Não fosse limitada pelas mortes e a doença

O mundo não seria sequer esse mundo
Porque todos os humanos vis, tolos e surdos
Já o teriam destruindo antes de cumprirem
Como um rebanho de loucos sua sentença

Nos tempos em que fazer o bem é crime
O mal se faz necessário, somos todos ratos
Presos, imersos no mundo de sujeira e corrupção.

Nesse escuro, a luz deveria ser superioridade
Mas, é somente o plano de fundo dessa catástrofe
Que as pessoas proporcionam sempre por ambição

Ah Senhor Deus dos desgraçados, tu esteve aqui
E eu sei porque foste embora, fugiu sem demora
Preferira morrer a presenciar tanta decepção

Não volte aqui Senhor, já não vale mais a pena
Salve as almas puras e poucas ou somente
Aquelas que merecem pena, apenas.

Se um dia novamente aqui tu vieres
E encontrares um mundo alegre, fuja
Pode ser mais uma armação e te peguem
Para tomar-te o coração... mundo vil.


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Queria mesmo chorar

Eu queria mesmo chorar, não escrever
Assim minhas lagrimas seriam lidas
Logo, talvez pudessem me entender
Preciso conversar para o mundo capitar

Tão sozinho não mais ser, ao menos querer
Mas, me perdi nesse mar que é solidão
Tenho me sentido em um grande deserto
Sem de você estar perto aumenta a sensação

Falta de abraçar, de conversar, de beijar, ter você
Todas essas faltas são elementares da saudade
E para minha infelicidade todas se comunicam

Tipificando um verdadeiro crime, amar ...
Sem ter a mínima chance de também o ser
Não tenho como me inocentar, apesar de querer. 

NUNES, Elisérgio

sábado, 9 de maio de 2015

Ao mar, amar.

Ao mar, amar.

(Poesia sem fim, meio.)

É que eu não sei me comportar
Quando estou a te ver, tento te olhar
Buscando te perceber, notar
E na maioria das vezes me perco
Tentando em você me encontrar
Mas, você de mim sempre foge
E antes mesmo que eu me empolgue
Tu somes, e tenho que procurar
E dentro de mim eu te acho
Apesar de todo o embaraço
Que meu peito estas a passar
E logo então tudo recomeça
Eu sinto falta, tenho pressa
E vou novamente te buscar
Mas, eu não sei o que faço
Dou um sorriso querendo um abraço
Tentando dizer que quero conversar
E esse tempo que é pouco
Para os pensamentos de um louco
Que em você quer se curar
É em verdade um embate
Pois qualquer fim de tarde
Estou em você a pensar
Pois teu sorriso alegra as noites
Alivia as dores que tenho que enfrentar
Tudo em você me conforta
Tu és o meio ou porta
Leva ao mar que é amar.
NUNES, Elisérgio.


quarta-feira, 6 de maio de 2015

A solidão nunca se dispersa.

A solidão nunca se dispersa.

A solidão deveras nunca se dispersa
Em mim está sempre a reinar
Sinto falta de algumas conversas
Pois com elas podia o mundo capitar...

Eu sinto tudo de forma tão estranha
Um pico de tristeza e outro de alegria
E apesar de toda essa nostalgia
Eu me sinto uma eterna criança

É que amar é minha maior esperança
Às vezes a cura e também minha doença
Mas, além de tudo tenho consciência

De que nem sempre eu serei amado
Que estarei sozinho mesmo acompanhado
E que assim estará cheio meu ser, de vazio.


NUNES, Elisérgio.