quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Os capitães saíram da areia.

Os Capitães saíram da areia, e agora vivem no asfalto, favelas, becos e em vários buracos. Os problemas continuam sendo os mesmos e é cada vez maior o número de abandonados. As coisas mudaram, Pedro Bala, Gato, Sem pernas, Professor deram lugar a uma infinidade de capitães: José(s), Carlo (s), Roberto(s), Fabiano (s), Felipe (s), Caio (s), João(s) e tantos outros que não tem nome, tampouco futuro nesse caos que vivemos.
Perderam o trapiche de vez e agora vivem em todo lugar, só que agora armados, drogados e as brigas são por território e atos ilícitos praticados são para manter os vícios e não para fome saciar. Os guardas são mais truculentos, as pancadas mais fortes a solitária mais vazia, as fugas constantes, os chefes de polícia mais carrascos, porque agora os padres se omitiram e os jornais noticiam apenas um lado, e pedem tão somente a dos Capitães exterminação, prisão.
Não existem mais carrosséis, porém, em qualquer lugar se pode encontrar um lampião, um bando armado. A peste mudou, é maior o poder de destruição, agora o mal é gerado por componentes químicos, existem vários que nem as oferendas conseguem se livrar deles não. Os capitães agora têm mais balas, só que estas não são doces, dilaceram corpos dos irmãos.
Os Capitães mudaram, mas o abandono apesar de maior continua o mesmo, sendo o principal causador de tudo, esse Estado que não é nação. O problema não é levado a sério, e há quem diga que prender todos os capitães será a solução. Não querem dar aos capitães direito a nada, enquanto isso os capitães se mantam entre si, porque deveras é agora a única diversão.
Mas, eu não sei de nada, a toda hora notícias sobre os capitães são veiculadas, nenhuma atitude é tomada, até mesmo quando a noticia é uma morte, há quem fale menos um e diz que o problema não é seu, e torce para outra notícia que traga sobre morte uma informação.

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Elisérgio Nunes