terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ah que saudades eu tenho


Ah que saudades eu tenho
Das noites seguras nas calçadas
Com o céu ao meu dispor 
E a lua comigo a conversar

Ah que saudades eu tenho
Das tardes ensolaradas
Nas quais sem medo brincava
Nada me impedia sonhar

Agora eu só tenho medo
As noites na são mais seguras
E nas tardes não se pode brincar
Vive meu lócus de infância

Uma onda total de insegurança
Agora é proibido sonhar
Oh minha linda terra
Tu não é mais tão pacata

Dá-me até medo falar
Os furtos e roubos são tantos
E já não me é mais espanto
Quando somente por isso

Nos mapas tu vem a estar
Mas, tenho eu ainda um sonho
Talvez irrealizável que pena
Sonho que a paz reine intensa

Que um dia eu possa voltar
E seguro poder em ti viver
Com o Velho monge a vislumbrar
E suas águas a nos banhar
Eu a sua beleza escrever, Parnarama.

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Elisérgio Nunes