Lembro-me do poeta que fui !
Das pessoas que consegui criar.
Agora do auto da minha inexistência,
Vejo que cometi alguns abusos...
Mas acredite eu só me arrependo,
Do que não consegui idealizar.
Ah! aqueles olhares e sorrisos.
Traziam-me um plexo de sensações.
Tudo incontroverso e interminável,
Inundavam meu coração de razões!
Hoje a poesia já não me reconhece!
E quem me ver de mim já esquece,
Nada me aceita nem mesmo a realidade.
Jas em mim um ex poeta e covarde.
NUNES, Elisérgio.
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Elisérgio Nunes