quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Ex poeta e covarde.

Lembro-me do poeta que fui !
Das pessoas que consegui criar.
Agora do auto da minha inexistência,
Vejo que cometi alguns abusos...

Mas acredite eu só me arrependo,
Do que não consegui idealizar.
Ah! aqueles olhares e sorrisos.
Traziam-me um plexo de sensações. 

Tudo incontroverso e interminável,
Inundavam meu coração de razões!
Hoje a poesia já não me reconhece! 

E quem me ver de mim já esquece,
Nada me aceita nem mesmo a realidade.
Jas em mim um ex poeta e covarde. 

NUNES, Elisérgio. 



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Elisérgio Nunes