terça-feira, 26 de novembro de 2013

O medo em si

Pai tira de mim esse medo
Apague os monstros do espelho
Derrama tua luz sobre mim
Para que os dos escuro

Também possam se apagar
Ah pai já é grande o peso
Todos os olhares de terceiros
Aumentam mais ainda o fardo

Por isso algumas coisa na vida
Começaram a errado dar
Eu nunca fui um covarde

Nem pedi para diminuir os tormentos
Mas os pesadelos agora são intensos
E as vozes me acompanham
Mesmo que em silêncio possa estar

Então pai não me dê fardos mais leves
Dá-me apenas um pouco mais de coragem
Para que assim meus ombros não se abatam

E que tudo isso possa eu suportar
Dá-me também um pouco mais de confiança
Pois até mesmo em uma impoluta criança
Eu já não consigo acreditar

Pai ilumina meu o caminho
Não precisa retirar os espinhos
Esteja apenas ao meu lado

Que assim eles tendem a murcha
Pai tira de mim esses ruins pensamentos
Eu penso muito e é grande o tormento
Pois de coisas ruins quero me afastar

Pai que seja feita a tua vontade
Que minha honra não me mate
E que de ti não possa me afastar.



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Elisérgio Nunes